
Vim aqui dar minha opinião sobre um livro de filosofia de um autor muito importante, Sêneca. Sêneca, nasceu em Córdoba, na Espanha (4 ac. - 65 dc.). Oriundo de família ilustre, foi morar na capital, Roma, onde recebe os primeiros ensinamentos sobre a filosofia estóica: Átalo, Sazião e Papírio Fabiano. Em 26, vai ao Egito, onde permanece até 35. Em 39 alcança com um discurso a total ira de Calígula, sendo poupado apenas por intervenção de uma amante do Imperador. Durante 41 e 48 reside com a família na ilha de Córsega como exilado, já que ele não media as palavras com os poderosos. Em 49, por vontade de Agripina, mulher de Claúdio, Sêneca retorna a capital, onde vai ser professor de Nero, próximo Imperador. Neste período escreve as obras A tranquilidade da Alma, A clemência, A vida Feliz e Os Benefícios. Retira-se para a solidão em, 62-65, ano de sua morte.
Mesmo sendo contemporâneo de Cristo nunca , citou nada em suas obras, nem sobre a pessoa Jesus, nem sobre a sua obra de milagres.
Sêneca tem uma atualidade em sua obra, assim como outro autor que li, esse mais recente, chamado Stuart Mill (Londres, 20 de maio de 1806 - Avignon 8 de maio de 1873).
O interessante nessa obra em especial, foi que percebi uma vivacidade na forma de escrever, leitura fácil e gostosa, demonstrando como podemos aproveitar o nosso tempo e questionar os modelos prontos de uma "Vida Feliz e produtiva".
Colocarei um trecho para vocês observarem, mas recomendo a leitura para cada um tirar suas conclusões e depois está aberta a discussão.
Resumo da Obra:
Lamentos contra a rapidez com que a vida transcorre. Eis o que é frequente. Sêneca se detém na análise de tal fato com seu tino de perspicácia filosófica, ele adverte: o problema não é a velocidade do fluxo vital. É sim a carência de critérios para saber como utilizar bem o tempo.
Trecho:
"Seria tedioso apresentar, caso por caso, os indivíduos que empatam a vida em jogos de xadrez, ou de bola, ou mesmo no aquecimento do corpo sob o sol. Não considero desocupados aqueles cujos prazeres acarretam ocupação empenhativa. Ninguém duvida que, apesar da dedicação, o entregar-se a estudos fúteis de literatura também nada produz. Desses, há uma multidão entre os romanos. Tem havido, entre os gregos, a mania de averiguar qual o número dos remadores que Ulisses empregava, se a Ilíada fora escrita antes da Odisséia, se procedem o mesmo autor e outras coisas mais desse tipo, que vistas pelo aspecto da utilidade, nada ajudam a vida pessoal, mas, se reveladas ao público, ao invés de pareceres erudito, passarás por enfadonho."
Bibliografia:
SÊNECA, Lucius Annaeus; A brevidade da vida; Editora Escala; São Paulo-SP; 2007.